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Como atua a cannabis na doença de Parkinson?


A cannabis contém compostos como os canabinoides que têm demonstrado ser capazes de melhorar os sintomas de diversas patologias neurológicas, incluindo a doença de Parkinson.


A doença de Parkinson é um transtorno neurodegenerativo associado a mutações em genes que afetam a transmissão de impulsos nervosos nas estruturas subcorticais do sistema motor, causando sintomas como tremor em repouso, dificuldade para andar, falar e escrever, dificuldade para iniciar ou concluir movimentos voluntários.


A doença é mais comum em pessoas com mais de 50 anos de idade e sua progressão é lenta. Além disso, afeta aproximadamente 10 milhões de pessoas e a relação homem-mulher é de 1,5:1.


A nível fisiológico, existe um dano aos neurônios dopaminérgicos de uma estrutura dos gânglios basais chamada de substantia negra, que altera os sinais entre esses núcleos subcorticais e o córtex cerebral.


Então como a cannabis pode atuar sobre a doença de Parkinson? Os receptores canabinoides, especialmente CB1, são distribuídos no sistema nervoso central ao nível do córtex frontal, do cerebelo, do hipotálamo e dos gânglios basais. Estudos moleculares demonstraram que este receptor pode mediar a regulação dos neurônios dopaminérgicos e sua sinalização, e tem efeitos sobre os neurônios noradrenérgicos que modulam estas estruturas; como resultado, melhora a transmissão entre as estruturas envolvidas na doença.


Os pacientes com Parkinson que utilizam cannabis medicinal relataram melhorias nos sinais como tremores, akinesias (incapacidade de iniciar movimento), espasmos musculares e rigidez muscular.


Além disso, existem sintomas não motores relacionados à essa doença que incluem fadiga, insônia, depressão e dor. Nesses casos, principalmente o CDB tem sido útil para melhorar a qualidade de vida desses pacientes, aliviando tanto os sinais motores quanto os não motores.


É por estas propriedades, e outros efeitos que continuam sendo investigados, que a cannabis representa um agente terapêutico potencial na doença de Parkinson, especialmente para melhorar a qualidade de vida destes pacientes e reduzir a afetação causada por esta patologia.


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